Publicitário(a), Brasil
Continuo entre os maiores publicitários do mundo.
Eu sou humilde, mas não modesto. Modéstia é falsidade.
Neste momento, a publicidade está muito parecida com o futebol: tem muito famoso, poucos que fazem gol e muitos que correm para abraçar.
Não tenho nada contra trabalhar à noite ou num fim de semana desde que seja realmente necessário. Transformar isso em regra é demérito.
O sucesso sempre depende de disciplina, dedicação e algum talento. Mas também da escolha do lugar certo, no tempo certo.
Vejo muita gente arvorando inteligência quando, na verdade, tem apenas competência técnica.
É bem melhor ser coautor de coisas brilhantes do que autor solitário de coisas medíocres.
Faço questão de esclarecer: não acho mérito deixar de estudar, e eu mesmo me chamo de analfabeto antes que alguém o faça – com justiça.
Mais difícil do que ter uma grande ideia é reconhecer uma. Especialmente se for de outra pessoa!
O aplauso público é mais barulhento, mas o íntimo é mais gostoso.
Minha letra é de dar inveja ao mais ininteligível dos médicos.
Na publicidade, o médio e o correto se enquadram no conceito de malfeito.
O que me inspira é a possibilidade de fazer o novo, de novo.
Hoje você vê muita coisa que está bem-feita. Mas emociona? Não. É inesquecível? Não. As pessoas saem repetindo na rua? Não.
A publicidade mundial viveu seu auge nos anos 1980. Hoje, tanto a publicidade quanto as atividades artísticas não vivem um bom momento.
Não há publicitário no Brasil que tenha uma obsessão pela cultura popular igual à minha.
As marcas precisam ser mais verdadeiras, mais honestas, mais sedutoras em sua comunicação.
O prestígio não é mais o mesmo. Quem passa por lá corre o risco de ser atingido por um prêmio.
Todo mundo nasceu com um dom para fazer alguma coisa especial, mas são poucos os que descobrem que coisa é essa.
Temos que aprender a falar com milhões de pessoas como se estivéssemos falando com uma só.
A pessoa tem que aprender a adestrar o próprio talento.