A vida amou a morte. Mais do que havia para morrer.
Fabrício Carpinejar
País: Brasil
Tipo: Poeta
Amor é cuidar do invisível, não é o que podemos fazer, mas o que não podemos fazer.
Quem sorri sem parar não é alegre, é falso.
Evoluir não é melhorar. A lagarta jura que a borboleta é a sua decadência.
É só acreditar que o amor é eterno que ele termina. É só acreditar que o amor terminou que ele recomeça.
Humilde faz, não fica se explicando.
Não posso esperar muito tempo senão apodreço.
Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar.
Decepção não é grosseria, e não há como disfarçar.
Temos a ilusória sensação de que estamos certos. Mas o certo é nunca usar o poder ou a superioridade para impor uma perspectiva. Só ganha no amor quem não quer ganhar.
Liberdade na vida é ter um amor para se prender.
Até que a morte nos separe é muito pouco pra mim. Preciso de você por mais de uma vida.
Orgulhoso é o que chama o erro de experiência.
Nossa alegria não significa que estamos amando. Pode significar que podemos amar.
Agradeço meus limites. Não me suportaria infinito. Os limites são vantagens.
Machucamos com a voz, mas para torturar mesmo só com o silêncio.
Há feridas que nunca curam, apenas se esquecem de doer.
Não há defeito mais irritante do que criticar todo tempo os defeitos dos outros.
Não perdoar é repetir o dia do desaforo eternamente.
A gente não cansa de amar, a gente cansa de não ser amado.
Perder-se é uma maneira de fazer novos caminhos e quebrar a rotina. Ninguém acha um atalho sem se perder antes.
Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos. Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças.
A vida com erros de ortografia tem mais sentido. Ninguém ama com bons modos.
Alguém dentro de mim mente para me proteger.
Se alguém me achar, me devolva.
O sucesso é o maior teste da amizade, todo cuidado para a admiração não virar inveja.
A saudade engana tão bem que parece até amor.
Quando estamos sozinhos, somos pela metade. Quando somos dois, somos um. Quando deixamos de ser um dos dois, não somos nem a metade que começamos a história.
O amor é tão arrogante que não aceita virar amizade.
O amante é uma espécie de férias familiares.
A palavra manda embora e o corpo pede um abraço.